O colega Inácio da Silva Mafra conquistou os direitos trabalhistas com a reparação das perdas dos seis anos que trabalhou no Banco do Brasil com um nome fictício. Inácio assumiu outra identidade, foi duas vezes funcionário do BB. Uma vez como Raulino e depois como Inácio. Agora, Raulino e Inácio são a mesma pessoa para efeitos de seus direitos como funcionário do Banco do Brasil.
Mafra foi perseguido político na ditadura militar e quando tomou posse no BB em dezembro de 1976 utilizava o nome Raulino. Com a Lei da Anistia em 1979, Mafra voltou a utilizar seu nome verdadeiro e resolveu fazer outro concurso no BB, para então poder assumir sua identidade. Em dezembro de 1982 tomou posse em Blumenau (SC), e pediu demissão como “Raulino” da agência do Banco em que trabalhava em Belo Horizonte.
Mafra fez a solicitação de unificação dos anos trabalhados em 1988 e, após 19 anos, conseguiu que o BB reconhecesse que Inácio Mafra e Raulino são a mesma pessoa. Os anos trabalhados com outra identidade vão contar para o tempo de serviço.