28 janeiro 2013
Categoria: Notícias
28 janeiro 2013,
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GAZETA: Cresce a busca por conselheiros

Aumento da procura faz Previ selecionar profissionais entre aposentados do BB.

SÃO PAULO – Aumento da procura faz Previ selecionar profissionais entre aposentados do BB. A Previ, o maior e mais antigo fundo de pensão do País, encontrou uma maneira criativa para suprir a demanda por profissionais qualificados para atuar em Conselhos de Administração das empresas nas quais tem participação acionária relevante: recrutá-los entre a massa de funcionários aposentados do Banco do Brasil, que é o patrocinador do fundo. A Previ já fez 100 anos e tem um patrimônio de R$ 116,26 bilhões formado ao longo do tempo – pelo investimento do dinheiro obtido com as contribuições feitas pelo banco e por seus funcionários – para complementar a aposentadoria dos seus participantes.

O investimento dos recursos lhe rendeu direito de participar de conselhos de administração de muitas empresas, atualmente tem assento no conselho de 81 empresas, entre elas nomes famosos como Brasil Telecom, Vale, Embraer e Perdigão. Daí encontrar a pessoa certa para representar os interesses do seus participantes (a Previ tem 80,47 mil participantes ativos e cerca de 40 mil aposentados) era sem dúvida um desafio.

A mudança de atitude administrativa, decorrente da busca por melhores práticas de governança corporativa pelas companhias, foi muito rápida e não pode ser acompanhada por um avanço da mesma magnitude na formação de profissionais especializados para a função de conselheiro. Antes ele podia até ser uma figura apenas decorativa. Na nova realidade empresarial ele tem papel decisivo. Resultado: a demanda cresceu mais rapidamente que a oferta de pessoas formadas para atuar em conselhos.

Só nos últimos três anos, período em geral inferior a uma graduação em uma faculdade, foram listadas nos dois mais exigentes níveis de governança corporativa da Bovespa, Nível 2 e Novo Mercado, cerca de 100 empresas. Um dos mandamentos para as empresas participarem desses níveis de governança é ter um Conselho de Administração e com pelo menos 20% de conselheiros independentes. Além disso, um grande número de empresas vem adotando boas práticas de governança para melhorar sua imagem, para ter perenidade e/ou captar recursos com a venda de ações, aproveitando a farta liquidez do mercado internacional que reduz o custo de capital.

Os gestores da Previ tiveram uma idéia para conseguir os profissionais devidamente capacitados. E teve sucesso na empreitada, conta o diretor de participações do fundo, Renato Chaves, que trabalha no BB desde 1984, com passagens pelas subsidiárias BB-DTVM e BB-Banco de Investimento S.A, além da diretoria de finanças da instituição. Nos últimos dez anos ele tem se concentrado na área de governança corporativa, representando o banco e a Previ em diversas companhias na condição de Conselheiro de Administração e Fiscal.

O fundo colocou anúncios nos seus veículos de comunicação (jornal e internet), pedindo currículos. E o resultado foi muito melhor do que o esperado.

Atualmente, a Previ tem 313 conselheiros (titulares e suplentes) muitos recrutados entre os aposentados do banco. A medida permitiu à Previ formar um importante banco de dados com as informações.

A indicações de conselheiros depende de aprovação da assembléia da empresa. A Previ indica o seu candidato ao conselho e apoia sua eleição durante a assembléia.

(Lucia Rebouças – Gazeta Mercantil)

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